Os vilões do consumo

Somos bombardeados pelo consumo diariamente. Quando entramos na internet e já aparecem as ofertas patrocinadas no meio do site que estamos acessando, quando entramos no e-mail diariamente e tem mais e-mails de ofertas do que aqueles realmente importantes e que estou esperando. Sem contar nos SMS e WhatsApp. A lista é grande e precisamos estar atentos para não cair nas armadilhas do consumo. Os estudiosos da área já entenderam que nosso cérebro não é racional nos momentos de consumo e, infelizmente, várias empresas utilizam esses artifícios nas abordagens e campanhas de marketing.

Se não ficarmos minimamente atentos quando piscamos os olhos, aquela compra sem necessidade muitas vezes, foi concluída. Com o advento da internet e a facilidade de compras através de um clique, esse perigo aumenta ainda mais.

Além dessa batalha diária que acabamos de relatar, há também outras situações que podem originar os famosos vilões do consumo.

Consumo por status ou aceitação social – muitos acabam consumindo produtos que nem fazem tanto sentido (sem falar que muitas vezes nem dinheiro para comprar tem) pelo simples fato de achar que com ele será mais aceito na sociedade. Aquele produto que o grupo todo tem, ou que está na moda e acho que adquirindo farei mais parte do grupo. Mas pensa bem. Cada um de nós é único, temos nossa estrutura familiar, financeira, além de prioridades e desejos distintos. Por que então eu deveria comprar algo só porque minha irmã ou meus amigos compraram? Quem no final do mês vai pagar a fatura do cartão? será que faz sentido?

Consumo por fuga emocional – aqui uma situação que dificilmente não aconteceu com você que está lendo. Aquele dia que a gente não está muito bem, ou que aconteceu algo não tão legal, ou triste mesmo, e a gente acha que se comprar uma blusinha, um vinho ou cerveja especial ou mesmo 5 barras de chocolate não vai passar e resolver.  Os estudiosos também já avaliaram nosso cérebro para entender essa “recompensa” que muitos buscam devido a algum impacto emocional pontual. Nesse caso as vezes não é tão simples não consumir, mas a dica aqui é se perguntar. Essa recompensa e satisfação é momentânea. Se o mimo for uma barra de chocolate por exemplo, o impacto financeiro pode não ser alto mas se o mimo for mais especial vale a pena perguntar: é isso mesmo? será que não vou me arrepender amanhã?  

Consumo para criar laços – aqui entram as situações dos presentes que damos a quem gostamos. E até aí tudo bem, o sentimento de satisfação e alegria é realmente muito bom, mas não podemos esquecer de manter o equilíbrio. Seja o equilíbrio na quantidade e valores e até um exercício importante por exemplo para educação financeira para filhos – afinal eles precisam entender que presente não é feito para todos os dias e que há limites também de valores. E por fim, o equilíbrio claro nas finanças pessoais. O que adianta ter sempre aquele presente para amigos e familiares e no final do mês a conta não fechar? Atenção máster para que esses presentinhos não virem um presente de grego para seu bolso.

Mas então, não devemos consumir? Definitivamente, essa não é a solução que acreditamos.

Mas uma coisa é fato: os vilões do consumo estão aí a todo instante.

Portanto, mais do que nunca é preciso estar atento para não cair nas armadilhas do consumo. Nossos esforços devem sempre seguir na busca de equilíbrio e consumindo apenas aquilo que faz sentido para nossa vida, que está alinhado com as nossas metas, dentro do nosso planejamento e orçamento pessoal.

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