1ª reunião do COPOM de 2021 decidiu manter a taxa Selic em 2% ao ano.

Na última 4ª feira (20/01), tivemos a 1ª reunião do ano do COPOM (Comitê de Política Monetária do Banco Central) e a decisão foi manter a taxa básica de juros da economia em 2% ao ano – patamar esse que se encontra desde agosto de 2020. Estamos falando da taxa mais baixa da série histórica desde 1999.

Para o mercado não houve surpresa, já que era esperada a manutenção de 2% ao ano, assim como já estamos esperando um aumento ao longo de 2021. A projeção do último boletim semanal Focus do Banco Central aponta meta da taxa selic 3,25% para 2021.

A novidade foi a retirada do chamado “forward guidance” (orientação futura) que estava presente desde agosto do ano passado. Essa pode ser uma nova sinalização de que a taxa pode começar a subir, o que não significa que isso ocorrerá na próxima reunião, que ocorre a cada 45 dias. Na própria nota da reunião isso ficou claro, além de que há uma atenção para os rumos da inflação no país.

A inflação preocupa, já que em 2020 tivemos um aumento um pouco acima do esperado –  o ano de 2020 encerrou com inflação acumulada 4,52% (maior índice IPCA desde 2016) e acima da meta que era 4%. Quando avaliamos somente o mês de dezembro de 2020, a inflação foi 1,35%, o que significa comparativamente, a  maior taxa de dezembro desde 2002, ou seja, há quase 20 anos não tínhamos um dezembro com índice tão alto. A inflação, sem dúvidas, está no radar do COPOM – e se continuar na crescente, isso pode acelerar o início do aumento da taxa Selic.

Na nota oficial do COPOM, também houve destaque para a incerteza e acompanhamento sobre os próximos meses. Foram abordados a celeridade no plano de vacinação, o aumento do número de casos no Brasil e no mundo e os reflexos sobre a retomada da economia do país, considerando um cenário diferente de 2020 onde tivemos o auxílio emergencial e com ele uma grande injeção financeira na economia.

Avaliando os reflexos no bolso do brasileiro, considerando ainda uma taxa Selic de 2% ao ano e a inflação em um patamar bastante superior a esta, podemos dizer que, dificilmente temos na grande maioria das aplicações conservadoras uma “rentabilidade real positiva”. Isso significa que, se descontar a inflação da rentabilidade da aplicação financeira mais conservadora o resultado é negativo. Como entendemos isso na prática? Que estamos perdendo poder de compra.

Aqueles R$10 reais que você tinha em janeiro de 2020 não conseguem comprar mais os mesmo produtos em janeiro de 2021.

De um lado, o COPOM acompanha com uma lupa não somente o  índice de inflação e os acontecimentos relacionados a pandemia, como todos os demais fatos que interferem diretamente na nossa economia. Do outro, nós acompanhamos as decisões do COPOM e analisamos nossas economias e nossos investimentos, buscando as melhores alternativas no cenário econômico atual, respeitando sempre, nosso perfil de investidor. 

Que tal acompanhar de perto os próximos capítulos da economia no Brasil e no mundo e seus reflexos no dia a dia? Não há nada como estar bem informado…

Até a próxima!

Kekkabraços

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