O que aprendemos sobre educação financeira durante a pandemia?

Certamente, todos nós tivemos muitos aprendizados nesse último ano e isso vale para os mais diversos segmentos da vida. Nosso zoom aqui hoje é claro, na temática da educação financeira. 

Pode até ser que nem todos percebam, mas vamos explicar aqui um pouco dos impactos e inúmeras reflexões ou mudanças de hábitos. 

A pandemia chegou de supetão, sem avisar, como falamos com alguma frequência em educação financeira foi mesmo um “imprevisto”.

No início, ninguém sabia bem o que era, quanto tempo ia durar, muitas especulações fizeram parte dos noticiários. Hoje, sabemos que o prazo foi sem dúvida bem maior do que previam inicialmente. 

Com boa parte das pessoas ficando mais em casa, a primeira mudança foi nos hábitos, o que refletiu imediatamente no padrão de consumo das famílias – opa, Aí entra a educação financeira! Para quem acompanha de perto suas finanças pessoais viu, por exemplo, a “linha de orçamento” de lazer e viagens diminuir e por outro lado a de luz e água aumentar. Com o passar do tempo, outros gastos também aumentaram para alguns, como itens de casa, pequenas reformas, planos de streaming, etc. 

Para um grupo, mesmo com os “novos” consumos, acabou sobrando dinheiro na conta – estes descobriram que poupar é legal e bem possível, uma questão de escolha mesmo.

Como vivemos em um mundo dinâmico e com diferentes padrões, tivemos de lidar também com uma dura realidade, onde milhares de brasileiros perderam seus empregos, seus negócios passaram por dificuldades ou até não tiveram fôlego para continuar de pé. Mais uma vez, a educação financeira entra no jogo. 

Para aqueles mais familiarizados com a educação financeira e a palavrinha mágica “imprevistos”, a reserva de emergência foi a salvação, aquela que fez total diferença nessa jornada. Com ela, famílias tiveram um pouco mais de tranquilidade para reorganizar seus gastos e procurar novas alternativas de renda e empregos. Possivelmente, se você perguntar para alguém que passou por essa situação e viu como a reserva de emergência foi peça chave, vai te falar com toda empolgação que vale a pena investir nisso.

No entanto, infelizmente, para a grande maioria dos brasileiros o cenário foi um pouco mais árduo – de acordo com uma pesquisa da Anbima, 62% dos brasileiros não economizaram em 2019 e entraram 2020 sem reserva de emergência. Imagina como foi extremamente desafiador, por exemplo, perder o emprego e não ter uma reserva de emergência? E se além das contas básicas há também dívidas como financiamento de carro, casa, parcelamentos no cartão de crédito? Da noite para o dia, a vida virou de cabeça para baixo. 

Independente da parte da história que você possa ter se identificado, muito provavelmente teve aprendizados. Pesquisas já mostram um pouco disso, tal como uma realizada pela CNI em dezembro de 2020 sobre “Retratos da Sociedade Brasileira” mostra que os brasileiros esperam reduzir o consumo com novos hábitos incorporados e consequentemente poupar mais depois da pandemia. Uma outra informação interessante foi que 59% dos entrevistados informaram que pretendem economizar mais em 2021 do que antes da pandemia – o que já reflete mais aprendizados da importância de estar melhor preparados para momentos de incerteza e imprevistos.

Sabemos que as realidades das famílias brasileiras são muito diversas. Mas aqui lembramos que educação financeira não depende de renda, classe social ou estrutura familiar. Vimos pessoas com renda de R$2.000 que conseguem se organizar dentro do seu padrão de vida e conseguir viver com mais tranquilidade, sem dívidas e realizando conquistas. Por outro lado, também encontramos pessoas com renda de R$20.000 que não conseguem se organizar, gastam mais do que ganham, ou até não estão em dificuldades financeiras, mas poderiam com um pouco mais de investimento em educação financeira conseguir realizar muito mais sonhos. 

Com o início da abertura e flexibilização das restrições, o consumo volta a bater à porta de cada um de nós. 

Esse é um momento mágico, onde devemos focar sempre em equilíbrio, (afinal a vida não é só pra guardar dinheiro de forma irracional) nas metas que queremos alcançar, no bem-estar e tranquilidade e para isso os aprendizados do último ano podem nos ajudar bastante. 

Aprender sempre ajuda e abre portas. Educação financeira vai muito além de organização financeira ou investimentos e está presente nas pequenas e nas grandes decisões. No final estamos praticamente o dia todo fazendo escolhas inteligentes. Continue investimento em conhecimento e conte conosco nessa jornada!

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