Inflação em alta e endividamento recorde pedem cautela.

O cenário atual pede cautela, e os números confirmam.

Essa semana tivemos a divulgação do IPCA, o índice oficial de inflação do governo, que chegou a 1,16% em setembro (a maior alta dos últimos 5 anos para um mês de setembro) e 10,25% no acumulado 12 meses, o que representa a maior alta desde o início do plano real em 1994.

Para completar a CNC publicou também a mais recente pesquisa PEIC (Pesquisa de endividamento e inadimplência do consumidor) onde 74% das famílias informaram estar com alguma dívida, recorde desde o início da pesquisa em 2010.

É verdade que é muito positivo o avanço da vacinação no país e a queda dos casos, uma verdadeira luz no fim do túnel para o fim da pandemia e retomada da economia. No entanto, ainda não conseguimos vivenciar tantos reflexos positivos deste grande e importante fato em virtude de outras turbulências: incertezas e instabilidades políticas e econômicas que estamos passando, respingos internacionais e, ainda, a cereja do bolo: as eleições do ano que vem. Mas não é a intenção aqui aprofundar em cenários políticos.

Todo esse pano de fundo relatado de forma simples e rápida tem um único objetivo: reforçar a atenção nas suas finanças pessoais.

Sabemos que vivemos em uma sociedade bastante diversa. Temos situações bastante distintas: aqueles que perderam tudo no último um ano e meio e agora estão recomeçando; aqueles que perderam a renda e ainda estão a procura de novos caminhos; aqueles que tiveram seus empregos mantidos e provavelmente conseguiram até poupar mais (esperamos que tenham tomado gosto de acompanhar suas finanças vendo os ótimos benefícios). Agora é hora de cada um fazer sua reflexão.

Tem uma frase clássica do empreendedor brasileiro Flavio Augusto que diz : “estabilidade não existe” – e ele explica com muita tranquilidade e didática sua teoria, para todos os casos, sem exceção.

É compreensível que aos poucos os movimentos de bares, restaurantes e shoppings aumentem – bom para saúde mental dos consumidores e ótimo para os empreendedores.

É fato que milhares de famílias estão esgotadas e querem tirar férias e relaxar um pouco. Super justo. Mas será que é a hora de fazer aquela viagem super especial se ainda não tenho a reserva de emergência finalizada? Ou para os que tem, quais são as opções avaliadas? Nem sempre a mais cara será a mais legal e inesquecível, hein!

Será que é o momento de aproveitar a Black Friday que está se aproximando e trocar vários produtos da casa? Quais são as prioridades?

E os investimentos: estão aderentes ao seu perfil de risco?

Poderíamos descrever aqui inúmeras situações para reflexões e ponderações, mas deixamos isso a cargo de você, dentro da sua realidade 🙂

Como tudo na vida, acreditamos no equilíbrio – inclusive das suas contas.

Pra fechar, vamos lembrar um pouco de Daniel Kahneman, ganhador do prêmio Nobel de economia com sua teoria e estudo sobre como funciona nosso cérebro em momentos de tomada de decisão, os sistemas 1 (mais emocional e com respostas rápidas) e 2 (mais devagar, mais analítico e racional).

Talvez seja um bom momento para buscar exercitar mais nosso sistema 2 no planejamento das nossas finanças, buscando mais equilíbrio e bem-estar, hoje e no futuro.

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