Para quem investe, especialmente aqueles admiradores da renda fixa, provavelmente conhece o FGC.
O FGC é uma instituição sem fins lucrativos, que de forma resumida, possui um leque de produtos de renda fixa que são “protegidos” ao investidor em caso de falência ou insolvência da instituição financeira. Pela regra atual, o teto de proteção é de até R$250 mil por CPF e instituição financeira e teto global de R$1 milhão. Os principais produtos cobertos pelo FGC são: poupança, CDB, LCI e LCA, entre outros. A lista completa e as instituições financeiras participantes podem ser verificadas no site do próprio FGC.
É comum escutarmos histórias nos mais diversos segmentos que a pandemia foi um acelerador para muitos projetos e até hábitos de consumo. E com FGC parece que não foi diferente. Havia um projeto no forno em andamento e sendo discutido para implantar um aplicativo e, assim, tornar o processo junto ao investidor mais ágil em caso de falência da instituição financeira até o recebimento do valor investido, considerando claro as regras.
A pandemia acelerou a implantação do projeto e no último trimestre de 2020 foi lançado o aplicativo. Em apuração recente, foi divulgado que o prazo de pagamento foi reduzido de 10 dias úteis para dois dias úteis, além do processo bem mais rápido e automatizado. Para se ter ideia, antes o FGC precisava coletar assinaturas de forma física, o que tornava naturalmente o processo mais moroso.
Avaliando na visão do investidor que fica preocupado na burocracia pós uma eventual falência da instituição financeira, essa melhoria é vista de forma positiva, de certa forma pode proporcionar um maior conforto.
Normalmente bancos médios ou menores possuem risco mais alto e por isso acabam oferecendo taxas melhores comparado aos grandes bancos tradicionais. Esse novo dado apresentado sobre o prazo de pagamento reduzido, pode ser um fator a mais no momento de decisão do investidor frente a todas opções de produtos para avaliação. Isso porque a pessoa duvida que possa ocorrer naturalmente, achando que esses processos serão burocráticos, longos e que será difícil reaver o dinheiro investido, pode mudar ou no mínimo ser um item adicional no momento da análise do investidor.
Sempre lembramos que antes de fazer qualquer tipo de investimento, é importante o cliente conhecer seu perfil de investidor e também avaliar qual o objetivo do investimento. Desta forma, pode buscar opções mais adequadas ao seu perfil.
Para ler a reportagem que o Valor Investe fez sobre o tema na íntegra
