Crescente uso das carteiras digitais no Brasil

A inclusão financeira vem aumentando na última década e, aliada a tecnologia e inovação, novos produtos chegam ao mercado a todo instante. 

As chamadas carteiras digitais têm atraído a atenção de milhões de brasileiros. Para os desbancarizados (ou mesmo para quem está negativado) é uma oportunidade de acesso a produtos financeiros no seu dia a dia de forma mais simples. De acordo com uma pesquisa do Bank of America, as carteiras digitais mais conhecidas (em quantidade de downloads na Apple Store e Google Play) são: Picpay (68 milhões), Mercadopago (51,3 milhões), Recarga Pay (24,7 milhões), Ame Digital (22,6 milhões), iti (16,6 milhões), entre outras. 

A Serasa divulgou uma pesquisa no início de setembro mostrando que 80% dos brasileiros entrevistados já ouviram falar de carteiras digitais e 63% utilizaram alguma nos últimos seis meses. O número é realmente impressionante. 

Um fato interessante é analisar a utilização por classe social: classe C (39%), classe DE (36%) e classe AB (25%). O que isso nos mostra que 75% dos usuários estão concentrados nas classes CDE. 

De certa forma, isso traduz uma facilidade de bancarização para brasileiros até então não assistidos por demais instituições financeiras, além da praticidade de acesso a serviços mais simples e menos burocráticos.

Os principais serviços utilizados são pagamentos, transferências entre contas, recarga de celular, recarga de bilhete de transporte, cartão de crédito e o cashback é um grande “chamariz” para os clientes. 

Um ponto que chama a atenção na pesquisa apresentada é que 88% dos entrevistados informaram ter conta em mais de 1 carteira digital, sendo 23% em três carteiras diferentes e 3% em 10 ou mais. 

Neste momento, vale pegar o gancho no tema educação financeira. 

Infelizmente, a carência de educação financeira é grande no nosso país – os dados mostram isso, de jovens a adultos. Temos mais de 60 milhões de brasileiros negativados nos órgãos de proteção ao crédito. O principal vilão do brasileiro, quando o assunto é divida, chama-se cartão de crédito. 

Nesse caso específico, a solução seria não utilizar cartão de crédito? Não, não acreditamos que esse seja o caminho. Vivemos em um mundo cada vez mais dinâmico e conectado a tecnologia, devemos usufruir dos seus benefícios que envolvem vantagens financeiras e também de segurança. Tudo isso aliado à educação financeira, certamente renderá bons frutos. 

Mas levando em conta o dinamismo que vivemos e as inúmeras atividades, mesmo com um bom nível de educação financeira, você acha que é melhor gerenciar um cartão ou cinco simultaneamente? A reflexão também vale para as carteiras digitais. 

Certamente, para milhões de brasileiros, ela atende bem suas necessidades financeiras básicas diárias. Mas será que é saudável ter várias carteiras digitais?

Isso facilita a gestão das finanças pessoais, a organização financeira?

Destacamos aqui o papel fundamental da educação financeira na vida de todos. A inclusão financeira está cada vez mais presente através de dezenas de produtos financeiros ofertados por dezenas de instituições financeiras, o que é muito bom.  

Por outro lado, ainda temos um longo caminho a ser percorrido com a temática da educação financeira. Enquanto esse jogo continuar desequilibrado, o acesso farto a produtos pode desencadear problemas financeiros futuros ou, no mínimo, uma baixa ineficiência na gestão das suas finanças pessoais. 

Que tal aproveitar o final de semana para organizar suas finanças pessoais? Foco no seu bem-estar financeiro! 

Para ter acesso a reportagem relacionada na íntegra:

https://valorinveste.globo.com/produtos/servicos-financeiros/noticia/2021/09/02/maior-parte-dos-usuarios-de-carteiras-digitais-e-da-classe-c-e-tem-conta-em-mais-de-um-app.ghtml

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